sexta-feira, 31 de maio de 2013

Gramsci e a hegemonia:.


Antonio Gramsci foi um pensador italiano, do inicio do século XX, muito ligado ao pensamento comunista e anti-fascista. Escreveu para vários jornais comunistas e encontrava no socialismo a base de seus anseios e críticas. Foi perseguido pelo regime de Mussolini e morreu aos 46 anos, pouco depois de sair da prisão.
Para Gramsci, a ideologia é usada a favor da classe dominante. Ou seja, a dissimulação da realidade tem a função de alienar as pessoas com o objetivo de atender aos desejos da elite, que é quem de fato sai ganhando com isso.
O pensador diz que a transmissão da cultura e da ideologia, se encaixam na hegemonia (do grego supremacia, preponderância), em outras palavras, é ela quem impõe aos demais certas crenças, valores, estilo de vida, etc.
Gramsci fala em sua obra dos aparelhos de hegemonia. Trata-se dos meios de comunicação a serviço da classe social dominante. A imposição deles no poder não se faz apenas com guerras, justiça ou policia, mas, também se faz pelo convencimento.
Para tanto, jornais, revistas, etc. estariam a serviço dos poderosos, alienando o senso comum, enquanto as pessoas mais elevadas na sociedade estivessem indo ao encontro de seus interesses. Sendo assim, enquanto estivéssemos nos entretendo, a elite estaria trabalhando em prol de si mesma. Além dessa reprodução envolta nos meios de comunicação, a própria Educação estaria a serviço da hegemonia.
Contudo, existe a contra-hegemonia, que é realizada por intelectuais orgânicos, que questionam o sistema, geralmente, eles estão atrelados aos partidos de esquerda, aos sindicatos, etc. Seu trabalho é realizado com a elaboração de jornais, panfletos, etc, que tem a função de esclarecer a classe trabalhadora a cerca dos verdadeiros propósitos da burguesia.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Estado e suas concepções teóricas:


Ao falar sobre os governos, os livros de ciências humanas em geral, dão a eles o nome de Estado. É o Estado o grande administrador da vida pública, ou seja, da vida em sociedade. Independente do tipo de governo (se republica ou monarquia, por exemplo), o que é certo é o fato de que os povos que atingem certo grau de desenvolvimento, após o sedentarismo, precisam de governos, criam um Estado. Na História, vê-se profundamente esse fato, desde a Antiguidade. As cidades-Estado, por exemplo, são mostra de que há muito o homem constrói sua vida pautada na sociedade e sua relação com os seus semelhantes. Nesse caso, o Estado é o grande mediador de muitas relações humanas.
No estudo da Sociologia, há diversas teorias a respeito do Estado, sua importância e seu surgimento. Destacarei três apenas. Para Karl Marx, o Estado surge ao mesmo tempo em que aparece a propriedade privada e os homens passam a integrar diferentes classes sociais. Além disso, na visão de Marx, o Estado tem uma estrutura juridico-política que favorece a classe burguesa.
Para Émile Durkhein, o Estado é necessario numa sociedade tão complexa quanto a nossa (pós moderna), pois alem de gerir a vida em comum, o Estado tem uma função moral importantíssima: a de possibilitar o acesso à Educação, para que as pessoas possam ter um pleno desenvolvimento.
Para Max Webber, o Estado é a relação de homens, dominando homens. Para se garantir o poder, os que pretendem dominar, alcançam o poder por três vias: legal, tradicional ou carismática.
O que é fato, é que o Estado é de suma importancia para a vida em sociedade. O que se espera dele é uma boa gestão. Aquela que garanta o pleno funcionamentos dos serviços públicos e o bem estar de todos. Quando o Estado se omite, os problemas se agravam e a situação social perde o controle.
Evidentemente, gerir um país, não é tarefa fácil. Muito pelo contrário. Contudo, o governante deve ter consciencia da imensa responsabilidade que trás consigo para dessa maneira garantir que haja condições  minimas de convivencia entre todos. Não é mesmo?

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Revolução, o que significa:


Habitualmente, nas nossas aulas de História ou de Sociologia, ouvimos a palavra revolução. Mas, o que de fato ela significa?
Para muitos, essa palavra é sinonimo de rebeldia, muito apropriada para pessoas engajadas em movimentos sociais, etc. Será que empregar a palavra de tal modo está correto?
Revoluçao é uma palavra de origem latina, que significa "ato de resolver". Ou seja, é apropriada quando empregada para resolução de problemas.
Nas Ciências Humanas, ela aparece para nomear certos eventos historicos, onde houve uma ruptura com o sistema vigente, seja ele politico, economico ou social. Nesse caso, a palavra também ganha o sentido de ruptura, porque se rompe com uma situação para ter inicio outra.
Sendo assim, a Revolução Francesa, por exemplo, recebe esse nome por se tratar de um evento que rompeu com a situação vigente do Antigo Regime, em que o clero e a nobreza eram bastante privilegiados e a monarquia reinava absoluta na França, em detrimento da pobreza do restante da populaçao.
Como se vê, é uma palavra bastante simples, que tem uma missao muito complexa: por fim a uma estrutura, para dar lugar a uma nova situação. Em outras palavras, requer coragem e disposição para mudar. Será que somos revolucionários o bastante em nossas vidas?


Na imagem, vê-se estudantes lutando contra a Ditadura de 1964. Seu ato de coragem pode ser considerado revolucionário.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Ideologia: dissimulações na nossa realidade:


Muitos de nós já ouviu dizer que a verdade dói. Realmente, dependendo do teor das coisas ditas, pode doer mesmo. Imaginem se a verdade em questão tiver a ver com os interesses de uma classe dominante... neste caso, existe um recurso infalível: a ideologia. Ela mascara a realidade, dando as pessoas uma visão por vezes distorcidas das coisas.
Assim, as pessoas focam sua atenção em elementos superficiais e não refletem, muitas vezes sobre o que acontece em profundidade. Existe ideologia para todos os fins.
Gostaria de exemplificar dizendo da ideologia da felicidade, ou seja, da ideia que faz com que o senso comum acredite que só é possível ser feliz tendo um relacionamento amoroso bem sucedido. Como se só apenas formando um casal, fosse possível encontrar a felicidade. Como se a felicidade dependesse de mais alguém (além de nós mesmos) para acontecer. 
Claro que ter um relacionamento estável é maravilhoso, mas não deve ser o único objetivo ou o centro da vida de uma pessoa. A felicidade é composta de momentos que podem ser vividos por todos, inclusive as pessoas solteiras.
Essa ideologia, evidentemente, não é de interesse de empresas ou governos, mas gera infelicidade em quem se deixa levar por essa ideia e não tem uma emoção educada para sentir-se apaixonado por si mesmo. Assim, muitos se deprimem, por acharem que só de finais felizes se constrói uma história de vida, esquecendo-se da grandiosidade e dinamismo que há na mesma.
Por fim, as realidades se escondem de várias maneiras em nosso cotidiano, sob vários aspectos, em diversas áreas e campos. Cabe a nós refletirmos e decidirmos no que queremos acreditar e se determinadas mensagens que nos são transmitidas, de fato o são. Sabe aquela frase: "a quem interessar possa..." é bem por aí!

Um mundo dividido:


No século XX, o mundo se viu dividido duas vezes, primeiro, entre o Nazi-fascismo e o recém criado estado soviético, experiencia socialista russa surgida apos a Revolução de 1917 naquele país. Esse antagonismo foi tão forte, que gerou a Segunda Guerra Mundial, conflito que envolveu muitos países e teve consequências seríssimas, como bombas atômicas e a dizimação de milhares de pessoas.
Após o termino da Segunda Guerra, no entanto, o mundo continuou dividido, desta vez, os polos eram capitalistas, representados pelos Estados Unidos e do outro lado estavam os comunistas, representados pela União Soviética. Juntos, protagonizaram a Guerra Fria, ou seja, uma tensão que durou décadas, sem que de fato houvesse uma batalha. Pela primeira vez a humanidade se viu envolta em um conflito ideológico.


A divisão do mundo em dois polos, não envolveu somente os Estados Unidos e a União Soviética, mas, movimentou os outros países também, pois essas ideologias passaram a ser estudadas no mundo todos despertando ideias em muitos, ideias essas que geraram movimentos e justificaram a implementação de governos ditatoriais, que apoiados na difusão de equívocos a cerca do comunismo, se instalaram no poder. Esse fenômeno  por exemplo, ocorreu de maneira muito forte na América Latina, onde muitos ditadores ascenderam ao poder, justamente por prometer as elites locais o combate as ideias comunistas.

As ações falam muito de nós:

Para Max Webber, o individuo pode ser compreendido por sua ações. Elas dizem muito sobre o individuo. Ele dizia que haviam ações tradicionais (aquelas familiares, que realizamos quase como um ritual); ações afetivas (que se relacionam aos nossos sentimentos, sendo eles bons ou ruins), além é claro, das ações racionais (quando temos uma determinada convicção e a colocamos em prática). 
Essa visão é muito interessante, pois dá para analisarmos a nós mesmos e repensarmos as nossas atitudes diante dos outros e diante de nós mesmos. Muitas vezes, participamos de eventos familiares, muito mais pelo hábito, pela ocasião, do que pelo sentido da data. Assim, passamos o Natal juntos pela tradição familiar, pelos comes e bebes, porque estamos acostumados a isso, sem ao menos perceber que é a celebração do aniversário de Jesus Cristo.
Outras vezes, queremos a todo o custo realizar nossos desejos, sem nos importar se esse sentimento magoará outras pessoas ou se nos colocará em dividas ou ainda, agimos de maneira impensada pra nos vingar de determinada situação, mesmo que depois tenhamos consequências ainda piores.
Por fim, as ações racionais, estão ligadas, por exemplo, a moça que objetivando casar-se virgem, faz de tudo para manter o propósito de pureza, afastando-se de situações tentadoras. Há também quem faça de tudo pra manter-se digno e honesto, preferindo passar fome inclusive.
Em todos esses exemplos, fica claro que as ações são o ponto central da discussao e elas dizem muito a respeito de quem as pratica.