segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Ensino Médio na ETEC - saiba como funciona:


Lucas Menezes partilha com o leitor sua experiência como estudante de ETEC. Na foto, ele ainda aluno da E.E. Charles de Gaulle, se preparava para o vestibulinho em 2012.

Estudar é parte fundamental da vida de um adolescente. O Ensino Médio é uma fase importantíssima para a formação, pois é a finalização do Ensino Básico e a preparação para o Ensino Superior. Essa etapa importante do ensino pode se dar em escolas estaduais, que segundo a lei são responsáveis por sua aplicação aos jovens concluintes do Ensino Fundamental ou por Escolas Técnicas (estaduais ou federais). Para saber como é a experiência de estudar numa ETEC - Escola Técnica Estadual de São Paulo - do Centro Paula Souza, entrevistei meu ex-aluno de oitava série (atual nono ano) na E.E. Charles de Gaulle, Lucas Menezes. Ele conta para o blog Luana Ensina da decisão e dessa experiência de vida, afinal, é uma fase muito importante de sua vida que está sendo bem aproveitada.

Luana Ensina - Você cursou até a oitava série numa Escola Estadual de ensino regular. Por que você decidiu cursar o Ensino Médio numa ETEC? Explique o processo de ingresso.

Lucas Menezes - Estudar em uma Escola Estadual foi muito importante pra mim, onde pude adquirir experiências e convivi com colegas muito diferentes uns dos outros. Primeiro, é legal ressaltar que tenho muita satisfação em ter estudado e ter aprendido o que eu aprendi e tenho levado na minha vida até hoje... A decisão de me inscrever no vestibulinho da ETEC, foi quando vi que tinha capacidade de mudar de escola, me capacitar em algo melhor e assim crescer no meio estudantil. Através de avisos distribuídos na escola em que eu estudava (Charles) e depois de conversar com amigos próximos, me inscrevi para o Processo Seletivo da ETEC Zona Leste no final de 2012 para fazer o Ensino Médio regular do ano de 2013.

Luana Ensina - E o vestibulinho? Como é a prova e o que é preciso estudar?

Lucas Menezes - O vestibulinho foi uma hora cheia de ansiedade. Normalmente, quem entrou na ETEC fez seu primeiro processo seletivo por lá. Então, é bem tenso e cheio de dúvidas. Ocorreu tudo bem, foi tudo muito organizado. Fiz a prova numa escola próxima à ETEC em que eu queria estudar. A prova tinha 50 perguntas, e, sendo bem sincero, não estudei muito pra prova não. Olhei a prova do ano anterior, que fica disponível no site e a utilizei como base. As próximas etapas eram de verificar a classificação, os procedimentos da matrícula, mas sempre tudo muito bem organizado. É preciso ressaltar que quem se dedicou bem nos anos anteriores se deu bem na prova e foi sossegado.

Luana Ensina - E a experiência mesmo no Ensino Médio da ETEC? As aulas são diferentes daquelas dadas numa escola estadual convencional? Como é o cotidiano numa ETEC?


Lucas Menezes - Meu Ensino Médio foi o melhor. A ETEC nos proporciona amigos que ficam pra vida toda. São pessoas com as quais a gente se entende ao conversar, e que, principalmente, gostam de estudar e fazer as coisas certas.Existe sim, muitas diferenças mas sim entre os alunos frequentes, que vão a escola e são selecionados para receber sua formação numa escola diferenciada. Com alunos selecionados para um ensino melhor e que querem realmente um bom futuro, fica mais fácil pra escola ser organizada e manter normas, que são facilmente seguidas. Com bons alunos disciplinados, a escola dá mais liberdade pra eles, há uma troca recíproca de coisas boas no dia a dia. Os professores são mais valorizados pelos alunos e assim conseguem dar uma aula melhor. Logo, os alunos aprendem mais e conseguem se preparar para um futuro vestibular.

Luana Ensina - Para quem faz Ensino Médio numa ETEC o acesso é facilitado para o ingresso num curso técnico?

Lucas Menezes - Quando se está dentro da ETEC e você entende como funciona tudo lá dentro, você quer usufruir ao máximo daquela estrutura. Por estudar lá dentro, você tem a exata noção do que é o ensino técnico e tem contato direto com professores e alunos de diferentes cursos, módulos, etc. Tendo a experiência de uma prova na ETEC, fazer outra se torna mais fácil. Esse foi o meu caso. No final do meu primeiro ano de Ensino Médio, em 2013, prestei vestibulinho para o curso de Administração na mesma ETEC e passei numa posição muito melhor do que a de 2012.


Com os amigos da ETEC, Lucas Menezes aproveitou a infra-estrutura do colégio para aprender e para cultivar novos amigos.

Para saber mais:
  • Ao contrário das escolas estaduais comuns, as ETECs não pertencem à Secretaria Estadual de Educação. São ligadas à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. 
  • São de responsabilidade do Centro Paula Souza que é uma autarquia. Autarquia é uma empresa estatal cujo conceito é a auto-suficiência ou autonomia de gestão.
  • Para ingressar no Ensino Médio ou Ensino Técnico das ETECs é necessário pagar uma taxa e prestar vestibulinho, ou seja, fazer uma prova que mede o conhecimento do candidato para garantir a vaga aos melhores classificados.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Hieróglifos - a escrita do Egito Antigo:


1. A escrita hieróglifa: uma das mais antigas do mundo.

No Antigo Egito, desenvolveu-se uma escrita muito particular, baseada em desenhos, tinha a função de registrar as riquezas dessa civilização ou o próprio cotidiano dessa sociedade tão importante da Antiguidade. A palavra hieróglifo vem do grego e significa "escrita sagrada" porque esse conhecimento só pertencia a alguns poucos privilegiados que quase sempre eram ligados à religião, como os sacerdotes, por exemplo.
Sua composição era repleta de símbolos desenhados com bastante cuidado,  embora entendidas por uma pequena parcela de privilegiados que compunha a sociedade egípcia. Para garantir o entendimento de quem a desvendasse, era necessário que os símbolos fosse desenhados de maneira muito meticulosa, evitando-se assim que a escrita não pudesse ser entendida pelo seu respectivo leitor.
O uso do hieróglifo era comum nos templos e túmulos e possuíam uma leitura e escrita muito diferente da nossa, não apenas por seus símbolos diferenciados, mas até mesmo na disposição dos mesmos e no seu entendimento. Muito distante do nosso padrão de escrita linear e entendido da esquerda para a direita, por exemplo.
Os hieróglifos são o simbolo da cultura egípcia mais presente na nossa memória coletiva, ficando atrás apenas dos papiros e das pirâmides. Era com essa escrita que os escribas registravam as informações mais importantes daquela sociedade. Graças ao trabalho árduo de diversos profissionais como arqueólogos, paleontólogos, historiadores, entre outros, podemos ter acesso a esse conhecimento nos dias atuais.


2. Comparada a nossa escrita atual, os hieróglifos são bastante diferentes e sua simbologia chega até mesmo a ser bastante curiosa.


Alunos do terceiro ano do Ensino Médio foram convidados a exercitar essa escrita, embasados evidentemente na nossa escrita atual. Se pudéssemos escrever através desse sistema, como seria? Alguns nomes desses mesmos alunos foram traduzidos para essa escrita. Vejamos a escrita hieróglifa, de um modo que nos é compreensível:



Beatriz


Gabriel


Hellen


Larissa


Letícia


Luanda


Marcela


Marina


Matheus




Sabrina Romano


Stephanie


Tamires


Victor

Créditos:

1. João Paulo dos Santos Brito - 3ºA
2. Jennifer Alves - 3ºA
Beatriz Jacobsen - 3ºA
Gabriel Nascimento - 3ºC
Hellen Cristina - 3ºA
Larissa Pereira Melo - 3ºA
Letícia Mendes Góis- 3ºC
Luanda C. Araújo Nascimento - 3ºA
Marcela Fernandes - 3ºA
Marina Laurindo Dias- 3ºC
Matheus da Silva - 3ºA
Sabrina Romano- 3ºC
Thamires Santos Pereira - 3ºA
Victor Vagner - 3ºA

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A música Nassíria e Najaf e a Guerra do Iraque:


Nassíria - bairro de Bagdá em pleno conflito da Guerra do Iraque (2003-2011)


Najaf - uma ruína que mostra o que restou depois do bombardeio. 

Um dos conflitos mais recentes da História é a Guerra do Iraque que teve início em 20 de março de 2003 e que chegou ao fim em 15 de dezembro de 2011. Para alguns historiadores, ela é apontada como a segunda Gerra do Golfo, para outros, a terceira Guerra do Golfo - em referência à região do Golfo Pérsico. O conflito naquela região, não é propriamente uma novidade. Entre os anos 80 e 90 do século XX, já havia tido um grande conflito nessa mesma região. O país que hoje ocupa grande parte do território que na Antiguidade era conhecido como Mesopotâmia, sempre foi uma região conflituosa por motivos diversos: políticos, étnicos, religiosos ou econômicos.
Nesse evento mais recente, o conflito se iniciou sob a justificativa de que Saddam Hussein - então ditador do Iraque - dava guarita a membros da Al Qaeda, de Osama Bin Ladem - o que jamais se provou . Mesmo sem as suspeitas terem sido confirmadas, a guerra ocorreu e teve como consequência a condenação de Saddam Hussein a pena capital e o inicio de um projeto que visa inserir a democracia no país, que agora tenta se reconstruir.
Curiosamente, o cenário dos conflitos mais intensos foi Bagdá, capital da província de mesmo nome. Fundada em 762 d.C., a cidade que fica às margens do Rio Tigres, tem como significado de seu nome "Presente de Deus" e já foi chamada de "Cidade da Paz". Contudo, enfrenta ao longo de sua história grandes dificuldades para manter-se em paz e estabilidade.
A artista pernambucana Karina Buhr, fez uma música que reflete a morte de civis durante os bombardeios na madrugada de Bagdá, dentre eles, muitas crianças que as mãezinhas colocaram para dormir o sono da morte diante da guerra. Nassíria e Najaf fala de dois bairros de Bagdá que enfrentaram o drama de ser destruídos por ocasião dos combates.

Nassíria e Najaf
(Karina Buhr)

Dorme antes do míssil passar
Daqui a um segundo
eu posso não ter mais você
Você não mais que isso
Nossa casa explodir
Uma arma cravar meu corpo
Um corpo furar sua carne

Mesmo o que a gente não tem mais
pode morrer aqui
Não importam seus amigos anjos,
nem sua vontade de comer um bolo,
nem meu vestido novo,
nem meu vestido velho

Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!

Dorme antes do míssil passar
Daqui a um segundo
eu posso não ter mais você
Você não mais que isso
Nossa casa explodir
Uma arma cravar meu corpo
Um corpo furar sua carne

Mesmo o que a gente não tem mais
pode morrer aqui
Não importam seus amigos anjos,
nem sua vontade de comer um bolo,
nem meu vestido novo,
nem meu vestido velho

Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!

Está chovendo fogo
e as ruas estão queimando
Todo mundo assistindo
à gente desmilinguindo
Nosso sangue derretendo
junto com o mundo,
que vai se acabando?
Não deu certo!
Tanto trabalho, tanto tempo,
planeta ser feito, gente ser feita,
não deu certo!

Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!

Essa é pras criancinhas de Nassiria, Najaf, em Bagdá,
uma canção de ninar
Essa é pras criancinhas de Nassiria, Najaf, em Bagdá,
uma canção de ninar

Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!

As pirâmides do Egito - patrimônio cultural da humanidade:


 Destaque para o clima desértico e as pirâmides do Egito.


O Egito é um país dos mais antigos e peculiares da História. Citado na bíblia, o país foi cenário de alguns eventos importantes citados no livro sagrado. Foi lá que Moisés nasceu e de lá fugiu com o povo hebreu da escravidão, rumo a terra prometida. Sua localização ia além da atual, compreendendo diversos países que permanecem nas margens do Rio Nilo.
Seu clima desértico tornava o clima um tanto quanto desagradável, com altas temperaturas durante o dia e temperaturas baixíssimas durante a madrugada. Por conta do deserto, um dos animais mais utilizados na região para transportar cargas e pessoas é o camelo. 
A unificação entre as duas regiões, conhecidas como Alto e Baixo Egito se deu no governo de Narmer - o primeiro faraó do Egito. Os faraós,  detinham o poder político, espiritual e militar. Séculos antes do nascimento de Cristo, o país já contava com uma estrutura complexa de poder e sociedade, tendo inclusive um funcionalismo público para colaborar com os serviços prestados ao público.
Quem fazia os registros eram os escribas, responsáveis pelos cálculos e demais registros das riquezas dos faraós. A escrita do Egito era hieróglifa - repleta de símbolos. De tão próspero, houve presença egípcia até mesmo próxima ao Rio Eufrates (da Mesopotâmia).
Um dos símbolos mais conhecidos do Egito Antigo são as pirâmides, consideradas um patrimônio cultural da humanidade, tendo sua importância artística e cultural reconhecida até os dias de hoje. Construídas para serem o túmulo dos faraós Queóps, Quefren e Miquerinos, foram um dos primeiros grandes desafios arquitetônicos criados pelo homem. Nelas, os faraós ficavam mumificados, tendo seu corpo preservado após a morte.
Por volta de 31 a.C., a civilização egípcia que já se encontrava em declínio, foi conquistada pelo Império Romano e se tornou uma província, perdendo seu governo próprio.

Crédito:
Karen, Luciana e Marcos - 7º ano D

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A revolta da chibata em samba:

A Baía da Guanabara localiza-se na cidade do Rio de Janeiro, nessa imagem ela é mostrada em inicio do século XX.

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a História não esqueceu
Conhecido como navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas
Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que, a exemplo do feiticeiro, gritava então

Glória aos piratas
Às mulatas, às sereias

Glória à farofa
à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história não esquecemos jamais

Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais

Mas salve
Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais

Mas faz muito tempo

Essa música, foi composta por João Bosco e Aldir Blanc nos anos 70 do século XX e tendo sido gravada por Elis Regina, a maior interprete da MPB na época. Intitulada O Mestre-Sala dos Mares, constitui um clássico da nossa música popular e é um samba muito agradável. Em plena ditadura militar, os compositores que viviam tempos difíceis, posto que as músicas passavam por censura prévia, resgataram na História do Brasil de incio daquele século, um episódio bastante marcante: a Revolta da Chibata. Porém, a música foi modificada em diversos trechos.


Essa imagem é atribuída aos marinheiros que participaram da Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro em 1910.

O conflito foi marcado pela revolta dos marinheiros que liderados por João Cândido (o Almirante Negro) se rebelaram contra os castigos físicos que sofriam: chibatadas.Os marinheiros eram muitas vezes recrutados para servir a Marinha do Brasil de maneira compulsória entre o final do século XIX e início do século XX. Desde a Proclamação da República, os castigos físicos haviam sido banidos das instituições federais, mas curiosamente permaneceram na Marinha. Muitos marinheiros eram filhos de ex-escravos e eram humilhados ou castigados fisicamente, como ocorria nos tempos de escravidão. 
Não concordando com essa situação e após presenciar uma agressão bastante grave a um companheiro, Marcelino Rodrigues Menezes, condenado ao castigo de 250 chibatadas, que foram aplicadas na frente da tropa. Quando os marinheiros se rebelaram, ameaçaram bombardear a cidade do Rio de Janeiro - a então capital federal - historiadores apontam, que foram dois anos de planejamento até a eclosão do movimento em novembro de 1910.


João Candido - o Almirante Negro - líder da Revolta da Chibata.

O líder do movimento era um gaúcho, filho de ex-escravos que ingressou aos 13 anos na Marinha em Porto Alegre, por indicação. Em 15 anos de carreira até o episódio, teve no currículo inúmeras viagens. De instruído a instrutor, passou pela Grã-Bretanha e teve contato com marinheiros russos em momentos que viriam a anteceder a própria Revolução Russa. Era muito competente em suas funções e conseguia dialogar com oficiais. Por isso foi indicado pelos pares a liderar o movimento.

A Revolta foi sufocada pelo governo, com uma manobra estratégica, ainda no final de novembro de 1910. O governo disse que concederia anistia aos envolvidos no movimento, mas prendeu-os e os enviou a uma prisão subterrânea na Ilha das Cobras, onde poucos sobreviveram. O episódio é bastante discutido até os dias atuais, seja pela resistência ou pela própria desobediência a uma força militar.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Bonequinho Histórico: D. Pedro I


D. Pedro I - o patrono da Independência.

D. Pedro I, foi o Primeiro Imperador da Monarquia Brasileira. Filho de D. João VI e D. Carlota Joaquina, foi o mais brasileiro dos portugueses. Nascido em Queluz - Portugal em 1798, veio para o Brasil em 1808, na fuga da Família Real para o Brasil. Seu nome de batismo é até hoje um dos maiores de que se tem notícia. Chamava-se Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. Apaixonado por música, sempre estudou e compôs, sendo autor inclusive o Hino da Independência que durante muito tempo foi o Hino Nacional do Brasil. 
No Brasil, residiu na Quinta da Boa Vista, que está localizada na cidade do Rio de Janeiro. Mas há registro de sua presença por toda a região sudeste do país. Fez carreira militar desde cedo, sendo um exímio lutador com a espada. Uma de suas maiores paixões era o trato de cavalos e a marcenaria.
Boêmio, era assíduo frequentador das tavernas cariocas (onde ocorriam as baladas da época). Tinha uma queda por mulheres e teve uma vida sentimental bastante movimentada. Casou-se duas vezes: com D. Leopoldina e depois de viúvo, com D. Maria Amélia. Mas seu caso de amor mais famoso foi com D. Domitila de Castro, a quem concedeu o título de Marquesa de Santos.
Na política, teve ações muito importantes: o Dia do Fico - em que declarou: "Se é para o bem do povo e felicidade geral da nação: diga ao povo que fico". Quando D. João VI resolveu repatriá-lo e atendendo a um abaixo-assinado, recusou-se a volta a Portugal em 09 de janeiro de 1922. No entanto, seu ato mais importante foi a Proclamação da Independência, ocorrida em São Paulo às margens do Riacho do Ipiranga, em 07 de setembro do mesmo ano. 
Primeiro governante do Brasil independente de Portugal, governou o país nos primeiros anos e fez a primeira constituição do país em 1824. De princípios liberais, a Carta Magna continha a separação dos poderes em legislativo, executivo e judiciário, mas possuía um algo a mais: o poder moderador. O imperador poderia interferir nas decisões dos poderes se visse necessidade de fazê-lo. 
Contudo, a lua-de-mel entre o Imperador e o povo brasileiro não durou muito. Após crises políticas, econômicas e sociais, o povo começou a reclamar do governo nos jornais da época. Algumas capitais foram palco de muita confusão entre o povo descontente e as forças do Estado. 
Em 1831, diante de uma crise no trono português, sem ter condições de conduzir politicamente os dois países, D. Pedro I abdicou, deixando o poder para seu filho D. Pedro II que na época tinha 05 anos de idade. Em Portugal, tornou-se D. Pedro IV e reinou por 3 anos até morrer de tuberculose em 1834.

Crédito:
Pedro Victor - 7ºD

domingo, 2 de agosto de 2015

Içami Tiba - educador de educadores:


Um dos grandes educadores do Brasil na transição entre os séculos XX e XXI.

A vida e a obra de Içami Tiba deixarão na memória um incansável educador que dedicou-se a ensinar milhares de pessoas na maior e mais importante missão que existe no mundo: educar. Como educador brilhante, Içami Tiba usou todo o seu conhecimento e sabedoria para refletir com pais e professores sobre a importância de educar as crianças, ao invés de simplesmente criá-las. 
Sua formação se deu inicialmente na área da saúde, médico psiquiatra, especializou-se em Psicoterapia de Adolescentes, tendo criado um método próprio para tratá-los, a Terapia da Integração Relacional. Autor de renome, foi um dos escritores mais bem-sucedidos no Brasil. 
Sua temática levou pais, mães, professores e a sociedade em geral a refletir sobre a ação educadora capaz de formar seres humanos capazes de transformar o mundo. Para tanto, a fórmula sugerida foi bem simples: afeto, firmeza e perseverança. 
Içami Tiba ensinou multidões o valor do não, dos limites e das responsabilidades. Quem ama educa, rendeu prêmios, inúmeros convites pra palestras e um programa de televisão, mas acima de tudo, mostrou ao Brasil um de seus mais brilhantes pensadores. Foi e é um livro para todos terem na cabeceira.
Além dessa obra, muitas outras foram publicadas com o intuito de formar, gerar reflexão e auxiliar todos aqueles que possuem interesse em educar aqueles que farão a diferença no mundo: os nossos herdeiros. Içami ensinou que o maior legado que se pode deixar para a posteridade são pessoas de valores, pois munidas deles, farão o que for possível por uma vida melhor em todos os sentidos.
O educador de educadores grafou para a posteridade a maior das mensagens: quem ama (não cria), quem ama educa (dá limites e por isso ensina a ser gente). Que sua missão não se encerre com sua morte, mas que a chama deixada por ele possa ser continuamente alimentada por nós educadores (pais ou não).